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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Vou ver se eu consigo


D'umas palavras sem rima
Fazer os versos rimar...


Quem entra sò quer voltar

Pois é um regalo pra vista

todos topicos pesquizar

Pra encontrar uma pista!


fazem parte da vida desta gente.

O saber viver e com muita alegria

Devemos todos ter em mente

Detestar sempre a antipatia!…


Com muita calma e simpatia

Sempre assim foi e hà-de ser

Com um pouco de apologia

Assim é um verdadeiro prazer!


Os Poetas da serra sempre a andar!

È uma verdadeira recreação

Jà Não nos podemos passar

desta engraçada. distração!


Com a vossa maneira de ser

Sempre contentes e reinadios

dà mesmo vontade de ver

Imaginativos e muito ousadios

By.J.Roque

domingo, 30 de agosto de 2009

Belas Recordações



Poço da dorna e da lameira
São belissimas recordações
O centeio a malhar na eira
onde não faltava garrafões

Em cada aldeia uma madrinha
A Covanca era uma delas
Com uma valente gachinha
Baptizei uma das mais belas

O seu nome era Gertrudes
Pela gentileza serei grato
Tal eram as minhas inquietudes
Que as batatas saltavam do prato!

By.J.Roque

sábado, 29 de agosto de 2009

Poesia

Poesia
é a visita do tempo nos teus olhos,
é o beijo do mundo nas palavras por onde passa o rio do teu nome;
é a secreta distância em que tocas o princípio leve dos meus versos;
é o amor debruçado no silêncio que te cerca e que te esconde:
como num bosque, lento, ouvimos o coração de uma fonte não sei onde...


Vítor Matos e Sá, in 'Esparsos'

Meãs


Meãs terrinha linda e airosa
Com o picoto e a fonte fria
Na primavera pareces uma rosa
Quando te visito é uma alegria!

Quando demanhã me levanto
È linda a paisagem que vejo
Chilrear dos melros um encanto
Férias sem fim é um desejo!
By.J.Roque

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Contemplo o Lago




Contemplo o lago mudo
Que uma brisa estremece.
Não sei se penso em tudo
Ou se tudo me esquece.
O lago nada me diz,
Não sinto a brisa mexê-lo
Não sei se sou feliz
Nem se desejo sê-lo.

Trêmulos vincos risonhos
Na água adormecida.
Por que fiz eu dos sonhos
A minha única vida?

Fernando Pessoa